sábado, 26 de abril de 2008



Um pouco de cultura vai bem obrigado??? rsrs... Essa é do tempo em que poesia parecia poesia hehe, um pouco da biografia do autor:

José Régio, pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, é um escritor português, natural de Vila do Conde, e o seu nascimento data de 1901. Em Vila do Conde, terra onde viveu até acabar o quinto ano do liceu, publicou os seus primeiros poemas nos jornais, O Democrático e República. Aos dezoito anos, José Régio, foi para Coimbra, onde se licenciou em Filologia Românica (1925), com a tese As Correntes e As Individualidades na Moderna Poesia Portuguesa. Esta tese na época não teve muito sucesso, uma vez que valorizava poetas quase desconhecidos na altura, como Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro; mas, em 1941, foi publicada com o título Pequena História da Moderna Poesia Portuguesa.(retirado do Wikipédia). Interessante a citação sobre Fernando Pessoa e Mario de Sá Carneiro, dois ilustres desconhecidos à epoca.


O Amor e a Morte


José Régio




Canção cruel’

Corpo de ânsia.

Eu sonhei que te prostrava,

E te enleava

Aos meus músculos!


Olhos de êxtase,

Eu sonhei que em vós bebia

Melancolia

De há séculos!


Boca sôfrega,

Rosa brava

Eu sonhei que te esfolhava

Pétala a pétala!


Seios rígidos,

Eu sonhei que vos mordia

Até que sentiaVómitos!

Ventre de mármore,


Eu sonhei que te sugava,

E esgotava

Como a um cálice!

Pernas de estátua,


Eu sonhei que vos abria,

Na fantasia,

Como pórticos!

Pés de sílfide,


Eu sonhei que vos queimava

Na lava

Destas mãos ávidas!

Corpo de ânsia,



Flor de volúpia sem lei!

Não te apagues, sonho!

Mata-me

Como eu sonhei.

Um comentário:

Anônimo disse...

Uau
Puts...
Num precisa nem comentar heheheh
bjuu tio