quinta-feira, 29 de maio de 2008

Mão de poeta

Mão de poeta é pano no escuro...
Espera... Espera... Luz
Espera... Pranto. Espera... Canto.
Espero... Reencontro.

E encontra pontos,
Aceita detalhes, que nos entalhes
Palavra e imagem
Fazem... O sentido.

Mão de poeta é mão de amigo
Não cobra... Espera
Não fere... Abraça
Não entristece alegra.

Então acontece o milagre
De ser presente, mesmo distante
Tempo e espaço
É ... O abrigo.

Paulino & Marcelino



sexta-feira, 16 de maio de 2008

SUAVIDADE


Este post é em homenagem ao meu alter ego rsrsr minha amada irmã que até onde Deus quis fez parte cotidianamente da minha vida... os dias passam, passam as noite...e numa gostosa madrugada fizemos essa brincadeira com palavras, hoje é aniversário dela, é o meu presente à ela... SAUDADE.


Sua ávida idade



De pedra translúcida

No brilho sólitario

Na ação que vem de dentro

Sempre fazer...

Na sua sã idade

Procura a liberdade

Escondendo a enfermidade:

Poder.

vou ar

Sentir no rosto

O gosto do exposto

Mau ou mão nenhuma

Me segura

E haja cura

Pra tanta (in) sã idade.


Celeiro+ima

Pauta+Pausa+Hino


Fatima e Paulino

(28 de junho de 1986)


terça-feira, 13 de maio de 2008

Larga de mão


Outono, época boa pra começar de novo... apronte-se.

Um pouco machucado, humilhado.

Mas com certeza mais esperto.

Escrevemos nossas histórias

e sempre que pensamos que sabemos algo mais,

descobrimos que não sabemos de nada.

Talvez a sorte fique entre os mundos

dos planos e do acaso.

Ela (a sorte) está na paz que vem de saber

que ninguém sabe tudo.

A vida é engraçada mesmo.

Quando você deixa de controlar,

As coisas coisas podem acabar

exatamente no seu lugar.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

PRECIPICIO OU PRINCIPIO PROPICIO



Confusão...
Calesdoscópio de pensamentos
Que faz das minhas certezas contradição
Ansia... que faz do caminho percorrido
pressa de nao chegar a lugar nenhum
Espera, paciente...certeza incoerente
Presença, tão ausente
Mente ser sol.
Solidão, Torrô.
Aquario de terra, quero mar
Ah! mar... Te espero
lentamente minha velocidade atrapalha.
Que venha os abismos!
Hora de voar...
Razão antes, razante
Que rasga tudo
Pra poder estar em equilibrio...

Paulino





Banal é o Escambau



Quando salvadores da pátria conseguem induzir que o errado é o certo, que estao nos protejendo do MAU. Temei! Hoje entendo aquele "Tenho medo" que dizia Regina Duarte. A aranha está tecendo sua teia e como em outros tempos tem enredado o povo a ser novamente unanimidade(o que é tipico de ser povo mesmo). Já está passando da hora de GRITAR.




ALERTA

de Marília Gonçalves

"Grita filha !
há uma aranha
Na brancura da parede
Que peçonhenta tamanha
Vai tecendo sua rede.
Grita filha !
Essa fobia
É proteção natural
Contra a aranha sombria
Que além de símbolo é mal !
Grita com todas as forças !
Grita porque há mesmo perigo
Essa aranha uma cruz negra é o pior inimigo.
Por meu amor não te cales !
Grita filha
Tua mãe
Impele-te pra que fales :
Contigo grito também !
Essa aranha que se estende
Tem o passo marcial
Com fúria que surpreende
O incauto em voz fatal.
Grita filha
O bicho imundo
Sai vertiginosamente
Da sombra vinda do fundo
Em veneno de serpente.
Tal a jibóia medonha
Enrola-se abraça o mundo
Pra ir crescendo em peçonha.
Introduz-se em toda a parte
Tudo corrói e desfaz
É inimiga da Arte Do Ser Humano da Paz.
Grita filha !
Mas tão alto
Num grito tão verdadeiro
Que desperte em sobressalto
O que não quer ver primeiro.
Essa aranha pestilenta
Odeia a própria Cultura
Em fogueira que alimenta
Livro após livro censura.
Opõe à Humanidade
A sua força brutal
Por onde ela passa invade
Mata o constitucional !
É um monstro repelente :
Primeiro ataca o mais fraco
Para ir seguidamente
Oculta em cada buraco
Destruir a Liberdade.
Inimiga da diferença !
Grita ! Minha filha Grita !
Faz ouvir tua presença.
Aponta o bicho feroz
Mostra-o sacode os amigos
Com a força da tua voz !
Grita !
Esse enredo de perigos !
Grita filha !
Desta vez Esse grito é racional
Porque essa aranha é o não
Ao direito Universal.
Sem medo abre tua boca !
Grita alto ! Grita forte !
Porque toda a força é pouca
Para lutar contra a morte.
Grita !
Grita minha filha
não te cales nunca mais :
não se veja outra Bastilha
Prendendo os próprios jornais !
Que teu grito seja infindo
Circule dê volta ao mundo
Jovem voz entusiástica
Erguendo o povo profundo
Contra a bandeira suástica."


sexta-feira, 2 de maio de 2008

Nem de asas preciso (Esgoelando o ego)



Atendendo a inumeros pedidos(1)....vou postar, meu ultimo texto, se quiserem chamar de poesia!?!?! poesia será, foi um dialogo... o titulo do texto é aquele mesmo ali em cima hehe... :


Da pra virá à noite?

Me da à pá

Não estou à par de nada

E viverei a pesar da tua pá


Encadernado historicamente

Ainda estou aqui

E na minha imperfeição

Ainda me amas


Este buraco

Que se abre a cada dor

Insiste que devo me aprofundar

Qual nada abismado... vou caindo


E a pá? Foi só o principio

Deste precipício que hoje já te agrada

Que bom que agora estou a par

Uma pá de problemas se foi


Acho que alcancei o que queria

Agora não caio, mais flutuo...

Neste vácuo... É bom

Agora já tenho certeza que posso subir.



Paulino – 02/05/08.....18:06